“Em famílias firmes na Palavra de Deus os maridos são fiéis em seus papéis familiares”. Efésios 5.25-33
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Continuando em nossas mensagens sobre papéis familiares e sua importância para que tenhamos famílias firmes na Palavra de Deus, vamos abordar hoje os papéis do marido, no casamento.
Como já afirmamos, papéis familiares são atribuições e deveres que cada pessoa deve exercer no ambiente familiar para que a família seja forte e saudável.
É como numa peça teatral, cada personagem deve fazer, desempenhar com excelência o seu papel.
A fala, a entrada em cena, tudo deve acontecer de acordo com o script.
É a mesma coisa na família. Quando cada membro cumpre seus papéis familiares com exatidão, a família se torna firme.
Como fizemos no sermão passado, quando abordamos sobre os papéis da esposa, queremos aqui fazer algumas afirmações sobre o papel do esposo.
1 - Num casamento firme na Palavra, o marido também deve se submeter à esposa.
Diz a Bíblia: “Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo” (Efésios 5:21).
Muitas vezes, de maneira errada, para defender a submissão exclusiva da esposa para com o marido, omitimos ou esquecemos, por completo, o verso 21.
Aqui nós encontramos a base para afirmar que, no casamento, a submissão mútua é uma base para que tenhamos um casamento firme.
A submissão mútua evita o autoritarismo, a tirania no casamento.
A submissão mútua limita, no Senhor, a autoridade (não tirania) do marido, assim como limita na relação pais e filhos, patrões e empregados.
A submissão mútua deve ser vivida “no temor do Senhor”.
A submissão mútua acontece, por exemplo, quando um marido ouve as ponderações da esposa num determinado assunto e acata essas ponderações.
2 – Num casamento firme na Palavra, o marido deve se relacionar com a esposa, tendo como base o amor de Cristo para com a Igreja.
“Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo”.
Baseados nesse trecho da Palavra encontramos a base do relacionamento conjugal entre os crentes. Um relacionamento amoroso.
Enquanto escritores antigos usavam nos seus escritos a palavra “phileo” para expressar o amor, aqui Paulo usa a palavra “agapao” para exemplificar o tipo de amor que deve existir no casamento.
Quais são as marcas desse amor?
Vamos encontrar as marcas desse amor, no restante do versículo.
a) Um relacionamento abnegado
Um amor que leva o marido a se entregar à esposa, tal como Cristo se deu para a Igreja, morrendo na Cruz pelos nossos pecados.
Um amor que procura sempre o bem da esposa.
b) Um relacionamento santo
Um relacionamento santo.
Um marido, por exemplo, que vive esse princípio no casamento, deve buscar a espiritualidade no casamento, não trazer para o casamento qualquer coisa que possa comprometer a santidade do casamento, como por exemplo, a pornografia.
c) Um relacionamento puro
Paulo aqui lembra o banho que a noiva tomava antes da cerimônia.
Maridos devem levar a esposa à pureza da relação conjugal.
d) Um relacionamento comprometido
A relação do marido com a esposa é de compromisso.
Cristo tem um compromisso com a Igreja, de apresentá-la gloriosa.
Este deve ser o compromisso do marido. Viver de tal forma, no casamento, que no final da vida, olhe para o casamento como algo glorioso.
e) Um relacionamento nutridor
Paulo diz que um marido que age como Cristo, está sempre alimentando a esposa.
Como se dá esse alimento?
Nas suas necessidades físicas, emocionais e espirituais, nas suas carências.
f) Um relacionamento cuidadoso
Cuidado em todos os sentidos.
Cuidado físico, cuidado espiritual, cuidado emocional.
Quando um marido cuida de sua esposa, está demonstrando cuidado próprio.
3 – Num casamento firme na Palavra de Deus, o marido deve sempre buscar a unidade e não a uniformidade no casamento.
“Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo” (Efésios 5:25-33).
Aqui, também, podemos fazer algumas afirmações importantes para a construção de um casamento firme na Palavra de Deus.
a) Abaixo da relação com Deus, a relação conjugal é a mais importante.
“Deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher”.
Isso mostra que, no nível terreno, o casamento é a mais importante relação, até mesmo mais importante do que o relacionamento pais e filhos.
b) Buscar, todos os dias, a unidade no casamento deve ser um alvo constante
Essa unidade será buscada com diálogo, buscando a harmonia, considerando o ponto de vista do outro, caminhando sempre a “segunda milha”.
Quanto mais se buscar a unidade no casamento, menos casos de divórcios teremos em nosso meio.
c) O amor conjugal tem como base o amor a si mesmo
Se um marido não demonstra amor com palavras, com toques, com atos de serviço, com sua presença e nem com palavras de afirmação, como afirma Gary Chappman, ele inconscientemente está dizendo que não ama a si mesmo.
David Martyn Lloyd-Jones no seu comentário do livro de Efésios, diz que casamento é uma ideia essencialmente cristã.
Só quem pode compreender esses conceitos de casamento, de relacionamento conjugal, conforme Paulo ensina, deveriam ser os cristãos.
Essas ideias de casamento são para crentes, acima de tudo.
Que os casais cristãos, esposas e maridos cristãos, entendam que esses conceitos, muitos e muitos deles não aceitos pela sociedade atual, são os conceitos que Deus quer que vivamos em nossa vida de casados.
Se buscarmos viver esses conceitos, mesmo sendo taxados de retrógados, teremos e construiremos um casamento firme na Palavra de Deus.